sexta-feira, 12 de abril de 2013

Qualé Malandro?

Toca o sino, abre os olhos, bocejos, preguiça
No banho faz a barba se lava e se atiça
Da ajuda divina abusa, pois cedo madruga
Na padaria com o de sempre servido por ele
O portuga, o portuga
Café com pão e Arcos da Lapa
Jornaleiro dá bom dia
Meu chapa, meu chapa
Tem jornal, tem revista, uma fézinha sem lei
 Boa sorte patrão, que bobo não é
Olha lá, Jacaré
Eu falei, eu falei
Pintou um trocado, olha aí o perigo
Guarda um pouco, faz alegria do amigo
O mendigo, o mendigo
Hojé tem rango, hoje tem cana
Toma até banho,  
tá bacana, tá bacana
Tem frango e farofa
Da Dona Ana, da Dona Ana
Criada na roça, tempero de mão
Sai arroz, sai angú
E o feijão e o feijão
Cozinha pra fora, entrega marmita
serve o jornaleiro, o portuga
e Dona Carmita e Dona Carmita
mãe dedicada, gente da gente
o filho é o orgulho, o pai indigente
nunca fez falta, longe dos olhos
Não se sente, não se sente
Gilberto é feliz do pai não saber
Faz show, canta e dança
Vai crescer, vai crescer
Vai ficar rico, vai ser da fama
Compra casa na praia
Em Araruama em Araruama
Não casa, não pode
É diferente, nem dinheiro acode
Faz festa de arromba
Sacode, sacode
Na rua tropeça no mendigo
Um fede cachaça o outro cerveja
 arromba a porta dos fundos
da igreja, da igreja
invade a sacristia, dos tempos de menino
lá vai o coroinha do padre Celsino
Toca o sino, toca o sino.
 












Um comentário:

  1. Muito bom, meu amigo, parabéns... tem cadência, tem sequência, tem conteúdo... estou gostando cada vez mais!

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