domingo, 27 de fevereiro de 2011

Aletheia

O que revelo-te é o que não podes ver.

Veja com a alma e desnudar-te-ei o que nenhuma beleza efêmera ousaria anuviar.

Seja minimamente indiscreto e despeça-se das glórias.

Perante a mim, deves pretender a igualdade ou serás sempre abjeto.

Dar-te-ei minha mão, meu colo e meus olhares.

Serei para ti o bem inalienável, a recompensa justa e dos portos, o mais seguro.

Pelas dúvidas transito com maestria, em meu véu transparente e esvoaçante.

Não sou sua busca, mas conduzir-te-ei pelas veredas obscuras.

Terás apenas que renegar à reles crença da supremacia, pois em minha morada não há escalas.

Frutificaremos, se fores capaz de vencer a maior das batalhas.

Por ora tenho a luz, que a ti servirá de consolo. Aceite minha oferenda como prova de reconhecimento do teu valor.

Porém, o maior dos prêmios pertencerá àquele que aqui, ser,  jamais o terá pretendido.

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