Okê Arô
Com sua licença preciso contar
O que dos meus olhos cheios d'água não
se pode apagar
O que os meus ouvidos ainda podem
escutar
O que minha pele se arrepia só de
lembrar
As pernas que sambaram ainda bambeam
Em espasmos sincopados regidos pela
sublime arte
E as vozes que o anunciam, afirmam
Que nunca será demais, que jamais é
tarde
Para reviver Candeia
Com o samba, que de tão nobre, se faz
de humilde e o homenageia
Na sua eterna casa, seu quintal e
terreiro
O ninho da águia, seu amor primeiro
Onde também chorou suas mágoas e
viveu sua dor
Mas sempre munido de fé, poesia e sua
cor
É daqueles que tanta falta nos faz, ao
passo que tão sagrada é a sua presença
Sentimentos expressos harmoniosamente
na mesma sentença
Percebidos por cada um dos convidados
de sua festa bela
Seus oitenta anos comemorados na
Portela
Uma noite que não sairá da memória
Dos que tiveram a honra e glória
De cantar à sua vida, à Portela. De
viver e contar a nossa História.
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