Foi a mim confidenciado que Dona
Dodô chegou ao infinito e a primeira coisa que tratou de fazer foi reunir por
lá todos os Portelenses e organizar um desfile celestial.
Tinha como objetivo mostrar aos
habitantes do além como sua presença majestosa era capaz de unir sob o mesmo
manto ilustres e anônimos e fazê-los jorrar como uma fonte de água pura que se
transforma em rio que ganha corpo e quando vira correnteza se mistura à fúria
dos oceanos mais revoltosos a ponto de não sabermos mais distinguir a água doce da
água salgada.
Os santos e Orixás impressionados
com aquela demonstração de força e beleza não puderam se conter, deram suas
bençãos e foram além, ergueram aos olhos de todos que ali se faziam presentes
nossos queridos Paulo, Caetano e Rufino, que flutuavam num bailar magistral
como águias que ensinam seus filhos a voar.
O céu ficou pequeno e resolveram
que deveriam juntar-se aos filhos da terra, que por aqui, preparavam-se para
pisar na avenida e mostrar o que significa desfilar sob o Azul e Branco de um
pavilhão repleto de glórias e história. E com a benção de Iansã e Oxóssi
fizeram-se água, trovoada e imbuíram-se do espírito de caçador, de guerreiros.
Quando a Portela passou pela
avenida no ensaio para o carnaval, alguns chegaram até a acreditar que fosse
apenas chuva que caía sobre a escola. Mas o Portelense sabe o que era. Sempre
soube. Clara, Candeia e Dodô jamais faltaram à Portela. E nunca faltarão.
Lindo texto .. O amor em qualquer instância transpõe barreira de tempo e espaço .. Salve a PORTELA
ResponderExcluirObrigado Wilson, salve a Portela.
ResponderExcluirmais dois olhinhos olhando... :)
ResponderExcluirUm texto forte que arrepia até a alma de um verdadeiro portelense.
ResponderExcluirObrigado Jorge, Saudações Portelenses!
ResponderExcluiré cheiro de mato.,é terra mollhada, é CLARA GUERREIRA , lá vem trovoada...............
ResponderExcluirEpahei
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