O que revelo-te é o que não podes ver.
Veja com a alma e desnudar-te-ei o que nenhuma beleza efêmera ousaria anuviar.
Seja minimamente indiscreto e despeça-se das glórias.
Perante a mim, deves pretender a igualdade ou serás sempre abjeto.
Dar-te-ei minha mão, meu colo e meus olhares.
Serei para ti o bem inalienável, a recompensa justa e dos portos, o mais seguro.
Pelas dúvidas transito com maestria, em meu véu transparente e esvoaçante.
Não sou sua busca, mas conduzir-te-ei pelas veredas obscuras.
Terás apenas que renegar à reles crença da supremacia, pois em minha morada não há escalas.
Frutificaremos, se fores capaz de vencer a maior das batalhas.
Por ora tenho a luz, que a ti servirá de consolo. Aceite minha oferenda como prova de reconhecimento do teu valor.
Porém, o maior dos prêmios pertencerá àquele que aqui, ser, jamais o terá pretendido.
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